quinta-feira, 15 de julho de 2010

egoísmo.

Você era para mim, sim só para mim, algo insubstituível. Meu, eu, pra mim. Era assim que eu gostava de você. E quando eu te dizia essas coisas tão egoístas de pensar tanto em mim, era tudo para você. Essa era a verdade. Gostava de chegar em casa, depois de ficar o dia todo fora e ganhar uma lambida bem no nariz e ver seu sorriso espanado pelo seu rabinho. Ah... como era macio o seu pelo e como era prazeroso para mim te dar carinho...
Lembro-me do dia em que você ficou me observando brincar naquele balanço em baixo do pé de manga. Eu balançava, balançava, e você fechava os olhinhos sentindo o vento eriçar o seu pêlo marrom escuro. Vendo por esse lado, você também era bem egoísta.
Comprava ossinhos para você, te dava banho, os restos da minha comida e te levava pra passear na rua de casa. Era a minha felicidade saber que também era a sua.
Mas sabe, um dia eu acordei, abri a janela e você não estava mais aqui. Só a sua bolinha de plástico vermelha me esperava. Não te chamo de ingrato. Deixou pra mim as lembranças de que você foi feliz. Te chamo de egoísta, foi sem mim e está sofrendo sem mim, em algum lugar que eu ainda não sei...

Um comentário:

Anônimo disse...

ai, a dor da perda.
mas eu só aceito a fuga dos bichinhos por um motivo: eles não entendem de sentimentos. e além do mais, podem voltar a qualquer momento, te tratando com os mesmo carinhos, como se anda tivesse acontecido. e você vai aceitá-lo. é claro que vai.

com os seres humanos é diferente. bem diferente.

Babi! Parabéns pelo novo blog, e sei que daqui vai sair também muuuita cois boa (como já tenho visto nesse primeiro post). E vamo que vamo! ahsahush

beijo no ombro, querida.