terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu e a certeza

Uma das coisas que mais admiro é a reticência da certeza. Aquele suspiro doce, que esfarela na boca, cai na blusa e pede água. A certeza é o objeto lançado à distância, o orgulho dando risada e a pessoa endireitando a postura.
Tenho sede de certeza e gosto de ser assim. Gosto de colher sinceridade, segurança e honestidade. O que é certo nem sempre vem antes, mas é o que mais importa, porque fica.
Não costumo contar quantas coisas não entendo. A sociedade inteira é incerta, isso leva à loucura ! Aprendi a contar somente o que é meu. Gosto de certeza, apenas para ser eterno.
Certeza para quem é livre na alma, transformado no pensamento e aberto para realidade.


Bárbara Leão

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Com amor.


Apenas entenda que amor não é um cérebro ligado à todos os membros do corpo com a intenção de mandar mensagens para eles a fim de que estes tenham a absoluta obrigação de atender ao chamado e aceitar. Eu estive pensando Alice... Você tem razão quando grita, bate a porta e chora. Talvez amor sejam todos os membros unidos, sem a menor pretenção de atender à algum telefonema. Simplesmente agem e acontece. Sim Alice, amor acontece!
Não Alice ! Não faça do amor uma pessoa e o veja antes de sentir. Não veja as roupas, o gel no cabelo e os olhos verdes. Isso seria informação demais para um coração frágil. E por falar em coração, filhinha querida, use-o mais que o cérebro, movimente-o mais que os membros do seu corpo e deixe-o falar mais que a sua própria língua.
Sinta a grama, sinta as estrelas, sinta a água, sinta a quantidade de cores que uma minúscula flor pode ter e sinta também tudo o que foi criado com o amor.